Situada na vila de Alpiarça, a Casa dos Patudos foi residência de José Relvas desde os finais do século XIX até 1929, data da sua morte. Político, diplomata, estadista, lavrador, colecionador de arte e músico amador, José Relvas, proclamou a República a 5 de outubro de 1910.
José Relvas ocupou-se da gestão das propriedades da família a partir de 1882, tinha apenas 23 anos. O nome Quinta dos Patudos deve-se ao facto de existirem, naquela zona, muitos patos.
A escolha do Arquiteto para a Casa dos Patudos não terá sido difícil. José Relvas percebeu que Raul Lino, dotado de uma cultura europeia marcada pela robustez dos seus critérios e competências, representava o triunfo de um novo paradigma arquitetónico e de que a Casa dos Patudos haveria de ser o seu primeiro exemplar.
Os Patudos assinalam uma nova linguagem de Arquitetura Conceptual. Apropriada de referências nacionais, afirma-se com um certo despojamento decorativo exterior, mas esplendorosa e funcional nos seus espaços interiores, com um mobiliário, criado também pelo referido arquiteto.
O contínuo crescimento das coleções, levou José Relvas à remodelação da Casa. Em 1904 encomendou a Raul Lino, o projeto assente numa linha revivalista e nacionalista, fiel às constantes históricas da nossa tradição construtiva.